200 anos da Esquadra Brasileira - Marinha na independência
Para espalhar a chama da
Independência pelas demais províncias do Império, surgiu a necessidade de se
constituir um Poder Naval autônomo e capaz de enfrentar as forças portuguesas.
José Bonifácio de Andrada e Silva, então Ministro do Interior e dos Negócios
Estrangeiros, percebeu que preservação da unidade territorial brasileira
dependia do controle do mar. Uma Marinha Nacional atuaria no sentido de impedir
que os reforços enviados de Portugal chegassem aos portos brasileiros,
estrangulando assim as linhas de abastecimento das guarnições portuguesas, além
de atacar suas posições e transportar forças leais ao Imperador para combater
em regiões distantes da Corte.
O Norte e o Nordeste
açucareiro onde as guarnições portuguesas eram mais
numerosas e bem organizadas encontravam maior facilidade de comunicação
pelas rotas do Oceano Atlântico com Lisboa do que com o Rio de Janeiro, em
virtude da curta distância com a Corte portuguesa e de um regime de ventos
favorável. A árdua tarefa de organização de uma Marinha Nacional e criação da
Esquadra (um conjunto de navios de guerra e tripulações treinadas capazes de
combater os portugueses pelo mar) começou a ser enfrentada com a nomeação do
Capitão de Mar e Guerra Luís da Cunha Moreira como Secretário de Estado dos
Negócios da Marinha, primeiro brasileiro nato a exercer o cargo de Ministro da
Marinha.
O trabalho ágil e
eficiente realizado pelos artífices e mestres construtores do Arsenal de
Marinha da Corte (atual Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro) recuperou muitos
navios de guerra portugueses deixados no porto do Rio de Janeiro e incorporados
à Marinha do Brasil; outros navios foram comprados por meio de colaborações
nacionais reunidas por subscrição pública. Foi na Nau Pedro I que pela
primeira vez foi hasteada a Bandeira Nacional da nova Esquadra. Em cerimônia
realizada em 10 de novembro de 1822, com a nau fundeada na Baía de Guanabara, a
Bandeira, instituída por decreto de 18 de setembro daquele ano, foi içada sob
salva de 101 tiros de canhão, delimitando aquela data como a da criação da
Esquadra brasileira.
Navios e marinheiros
lutando sob a Bandeira Nacional debelaram a resistência das guarnições
militares portuguesas em Salvador, São Luís, Belém e Montevidéu, já que o atual
Uruguai tinha sido incorporado à Coroa portuguesa em 1821 como Cisplatina. A
Esquadra brasileira – que lutou contra navios de guerra portugueses ao largo de
Salvador, em inferioridade numérica, e na Cisplatina – esteve sempre em condições
de atuar com mobilidade e flexibilidade em um curto espaço de tempo, cumprindo
sua missão de consolidar a Independência promulgada em 7 de setembro de 1822, que
ratificou a soberania brasileira sobre todo o seu território.
JOSÉ CARLOS
MATHIAS
Vice-Almirante
(RM1)
Diretor
do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha
Presidente
da Comissão Intersetorial para o Planejamento e Controle das Comemorações do Bicentenário
da Participação da Marinha na Independência do Brasil
Anverso
Em destaque, temos a formação da Esquadra Brasileira,
encabeçada pela Nau Pedro I,
navegando por mares bravios, e, acima dela, a legenda ESQUADRA 200 ANOS. Logo
abaixo, há a era 2022. Um cabo contorna a orla.
Reverso
Ao centro, o atual navio-capitânia da Esquadra
Brasileira, o Navio-Aeródromo
Multipropósito Atlântico - A140, encontra-se em destaque. Ao
seu entorno, estão a legenda A SOBERANIA DO NOSSO MAR e a logo comemorativa dos
200 Anos da Esquadra. Contorna a borda um cabo.
Prata | |
Tiragem | 200 |
Peso | 64 +/- 0,64g |
Título | 925 |
Bronze | |
Peso | 55g +/- 1,65g |
Tiragem | 300 |
Bronze Dourado | |
Tiragem | 300 |
Peso | 55g +/- 1,65g |
Concepção Artística | |
Criação Anverso e Reverso | Monique Porto |
Modelagem Anverso | Monique Porto |
Modelagem Reverso | Luiz Henrique Peixoto |
Lançamento | |
Ano | 2022 |
Tamanho | |
Diâmetro | 50mm |