Cinquentenário do Museu de Valores do Banco Central
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O Museu de Valores foi inaugurado em 1972, no Rio Janeiro, como parte das comemorações do Sesquicentenário da Independência. O processo de criação do Museu, porém, tem sua origem antes mesmo da criação do Banco Central.
Havia um Museu numismático na Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), cujo acervo foi todo passado ao Banco Central quando da sua criação, em 1965. Diante desse contexto, cogitou-se a criação de um museu voltado para documentar a evolução dos meios de pagamento, com o compromisso de preservação e divulgação do patrimônio cultural e da memória econômica do nosso país.
Em 1966, a Diretoria do Banco Central formalizou o processo de organização do Museu de Valores, do planejamento do espaço e da curadoria. A partir de então, foram incorporados acervos pertencentes à extinta Caixa de Amortização, à Casa da Moeda do Brasil e à Reserva-Ouro Brasileira. A coleção foi enriquecida com aquisições de importantes coleções particulares ao longo da década de 1970 e 1980. Algumas peças específicas foram adquiridas com o intuito de completar os conjuntos já existentes ou incluir peças de valor numismático relevante.
Com a construção do edifício-sede do Banco Central, em Brasília, o Museu de Valores também foi transferido para a capital federal, sendo reinaugurado em 8 de setembro de 1981.
Faz parte do acervo do Museu de Valores uma coleção de arte com 554 peças de valor museológico, incluindo pinturas, gravuras e esculturas de importantes artistas plásticos brasileiros, tais como Portinari, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Quase todas as obras são fruto do processo de liquidação de bancos e foram incorporadas ao patrimônio do BC como parte da quitação das dívidas contraídas no socorro financeiro aos Bancos Halles e Áurea durante a década de 1970.
Cabe ressaltar que o Museu de Valores mantém relacionamento com instituições nacionais e internacionais, destacando-se a filiação ao International Council of Museums (ICOM), organização não-governamental vinculada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em 50 anos de funcionamento, o Museu de Valores já atendeu mais de meio milhão de visitantes e centenas de pesquisas, além de ter uma política de empréstimo das obras de arte a importantes museus e instituições no Brasil e no exterior. Com cerca de 135 mil peças, trata-se de uma das coleções numismáticas públicas mais importantes e completas sobre a história econômica brasileira, que dificilmente poderá ser reunida, mantida e disponibilizada de forma gratuita ao público por outro colecionador ou mesmo por outro museu.
Museu de Valores do Banco Central do Brasil
Anverso
Ao fundo, uma rosácea em relevo positivo ornamenta o lado anverso da peça. À direita, em primeiro plano, uma faixa com a marca do Museu de Valores do Banco Central é acompanhada pelas legendas “50 Anos” & “1972-2022”. No canto inferior direito, vê-se a marca da CMB em relevo negativo.
Reverso
Em destaque, a Cruz da Ordem de Cristo apresenta-se ladeada pelas 4 letras monetárias MMMM, que fazem referência ao Dobrão de 20.000 Réis. Logo abaixo, lê-se a citação de F. dos Santos Trigueiros, idealizador do Museu de Valores. Um detalhe de rosácea em relevo positivo, contornando o bordo do reverso, complementa a composição.
Prata | |
Título | 925 |
Tamanho | |
Diâmetro | 50mm |
Bronze | |
Peso | 55g +/- 1,65g |
Tiragem | 300 |
Concepção Artística | |
Criação e Modelagem | Érika Takeyama |
Lançamento | |
Ano | 2022 |